segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pelo direito de se arrepender

"Eu fiz merda. Me desculpa? Quero você de volta. Me aceita?"

É pelo direito de se arrepender que escrevo.
Pelo direito de chorar noites a fio, condenando "o momento" em que tudo mudou: o segundo que um sentimento antigo ressurgiu, o minuto que uma briga começou e a hora em que decisões foram tomadas.
Pelo direito de revirar fotos antigas, ouvir nossa músicas e reler todas as cartas e bilhetinhos trocados.
Por querer nossas noites no Skype. Por querer a ansiedade dos nossos encontros. Das nossas risadas.
Por querer nosso amor de volta: a cumplicidade, a amizade, o ciúmes bobo, os apelidos ridículos.
Por querer tudo de volta. Tudo.



É por isso que eu escrevo.

Pela ânsia em um dia te ter volta.
Pela esperança de você ainda me amar.

É pela vontade de poder voltar no tempo, fazer o relógio voltar dois anos e reconstruir a nossa história. Apagar algumas brigas, relevar algumas inseguranças. Passar corretivo nas palavras ditas e reescrever tudo o que falei errado.

É pelo direito de me arrepender que eu escrevo. Pelo direito de querer ter você e nosso amor de volta.

domingo, 3 de março de 2013

No ovo e na farinha...


Ultimamente Reginas e Novas Reginas têm presenciado esta modalidade de “relacionamento”. Um processo lento de enrolar ou de se deixar enrolar. É importante frisar que esta não é uma questão de uma espera iludida para um relacionamento sério, a questão é bem mais simples, apenas saber o que realmente cada um é, ou até onde cada um pode se sentir à vontade em relação ao outro.


Questões simples viram uma novela ou uma piada porque tudo tem mil possibilidades de interpretações e nenhuma certeza. É o famoso ato de passar “no ovo e na farinha, no ovo e na farinha" e reserve porque antes de levar ao fogo você vai preparar todo o resto do jantar, enquanto o filé está ali absorvendo a mistura... mas nem sempre esse preparo todo garante um bom resultado. Normalmente é melhor ir direto ao ponto e colocar os pingos nos “is” porque se isso não é feito em comum acordo termina sendo feito isoladamente: cada um pro seu lado, cada um com sua melhor alternativa.

Mas, às vezes, você é tão enrolada em umas dessas misturas que dá gosto fazer o mesmo com o próprio ou com outro alguém. É como lavar a alma, se sentir desprendida e finalmente poder jogar, também, um pouquinho do seu veneno no mundo. Tornar as coisas mais ácidas, ainda que menos práticas, com leves toques de diretas para mostrar que nem sempre pura sedução e charme são o bastante para segurar um filé na reserva por muito tempo.