quinta-feira, 14 de julho de 2016

Veja bem, meu bem

Veja bem, a gente não é nem amigo.
Somos dois estranhos que resolveram partilhar uma cama e algumas horas perdidas durante uma madrugada.

Definição fria e real da nossa relação. Assim... sem obrigação de saber como foi o dia ou de ligar para saber se o outro está bem.

Veja bem, meu bem, não sou do tipo que gruda ou que se apaixona fácil. Não sou do tipo que vai te ligar bêbada ou sonhar com uma família feliz por ter ficado com você.

O mais longe que eu consigo planejar é um "Oi, tudo bom?" da próxima vez que em que nos esbarrarmos naquele bar de sempre. Tá, tudo bem, podemos parar alguns segundos para os dois beijinhos e alguma pergunta mais intima...

Não... isso não quer dizer que eu não tenha gostado de você, ou que você não faça o "meu tipo". Veja bem meu, bem, sou do tipo meio muito livre sabe? Do tipo que não acredita naquelas coisas bonitas ditas a meia luz do amanhecer...
Nem mesmo nas coincidências que nos cercam...mesmo gosto musical, brigadeiristico e até alguns livros em comum... Não são coisas muito difíceis de se encontrar por aí, né?

Veja meu bem, eu não espero nada de você. Nada. Nem um telefonema. Nem uma balinha 7Belo.
Se for pra sermos amigos... que sejamos, sem joguinhos, sem cobranças.

Somebody I used to know

Fotos e músicas me trazem de volta um sorriso que há pouco tempo era você quem colocava no meu rosto.
Uma pasta especial perdida dentro de um HD cheio de documentos, me fizeram te trazer de volta.
A única coisa boa que sobrou de alguns meses juntos.

Pouco tempo passou desde que nos vimos pela última vez. Mas muita coisa mudou.

Muita mesmo.

Eu ainda me pergunto quem realmente você é. Quem era o cara que dormiu muitas noites do meu lado.
Eu me recuso a acreditar em tudo o que me falam ao seu respeito, sabia? 

Você não foi nem de perto o melhor namorado que eu já tive. Posso me arriscar a dizer que foi o pior. Sim.

Um namorado que não me respeitou. Que não me admirou. Que não foi meu companheiro. Que não foi parceiro. Egoísta, individualista, mimado, egocêntrico mesmo. 

Palavras duras....Sim... elas não chegam perto ainda da decepção que eu estou tendo a cada dia. Descobrindo aos poucos quem você realmente é. Um veneno destilado a cada conhecido com quem esbarro na rua. Sempre aquele mesmo diálogo....sempre um fim inusitado. E sempre, um ponto a mais em minha decepção.

Em três meses eu aprendi mais sobre você do que em todo o tempo em que estivemos juntos. Acho que agora eu entendo o porque de você não querer nunca falar sobre o seu passado.
Não tem muita coisa boa nele, não é mesmo?

Tudo bem. Cada um faz o que acha certo. Deixo claro que esta é minha opinião e em nenhum momento ela é verdade absoluta ou única. Ela é apenas baseada em relatos e percepções minhas.

O passado nunca pode ser deixado para trás. Assuma tudo o que aconteceu. Reconheça seus erros e tente mudar de verdade. Não adianta mudar de casa, de roupa ou de namorada. O passado vai continuar a existir e te perseguir. 
A única coisa que pode ser feita a respeito é não repeti-lo. Usá-lo como experiência e sabedoria. 

Ah, mas isso exige um certo grau de maturidade....deixa pra lá então....

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pelo direito de se arrepender

"Eu fiz merda. Me desculpa? Quero você de volta. Me aceita?"

É pelo direito de se arrepender que escrevo.
Pelo direito de chorar noites a fio, condenando "o momento" em que tudo mudou: o segundo que um sentimento antigo ressurgiu, o minuto que uma briga começou e a hora em que decisões foram tomadas.
Pelo direito de revirar fotos antigas, ouvir nossa músicas e reler todas as cartas e bilhetinhos trocados.
Por querer nossas noites no Skype. Por querer a ansiedade dos nossos encontros. Das nossas risadas.
Por querer nosso amor de volta: a cumplicidade, a amizade, o ciúmes bobo, os apelidos ridículos.
Por querer tudo de volta. Tudo.



É por isso que eu escrevo.

Pela ânsia em um dia te ter volta.
Pela esperança de você ainda me amar.

É pela vontade de poder voltar no tempo, fazer o relógio voltar dois anos e reconstruir a nossa história. Apagar algumas brigas, relevar algumas inseguranças. Passar corretivo nas palavras ditas e reescrever tudo o que falei errado.

É pelo direito de me arrepender que eu escrevo. Pelo direito de querer ter você e nosso amor de volta.

domingo, 3 de março de 2013

No ovo e na farinha...


Ultimamente Reginas e Novas Reginas têm presenciado esta modalidade de “relacionamento”. Um processo lento de enrolar ou de se deixar enrolar. É importante frisar que esta não é uma questão de uma espera iludida para um relacionamento sério, a questão é bem mais simples, apenas saber o que realmente cada um é, ou até onde cada um pode se sentir à vontade em relação ao outro.


Questões simples viram uma novela ou uma piada porque tudo tem mil possibilidades de interpretações e nenhuma certeza. É o famoso ato de passar “no ovo e na farinha, no ovo e na farinha" e reserve porque antes de levar ao fogo você vai preparar todo o resto do jantar, enquanto o filé está ali absorvendo a mistura... mas nem sempre esse preparo todo garante um bom resultado. Normalmente é melhor ir direto ao ponto e colocar os pingos nos “is” porque se isso não é feito em comum acordo termina sendo feito isoladamente: cada um pro seu lado, cada um com sua melhor alternativa.

Mas, às vezes, você é tão enrolada em umas dessas misturas que dá gosto fazer o mesmo com o próprio ou com outro alguém. É como lavar a alma, se sentir desprendida e finalmente poder jogar, também, um pouquinho do seu veneno no mundo. Tornar as coisas mais ácidas, ainda que menos práticas, com leves toques de diretas para mostrar que nem sempre pura sedução e charme são o bastante para segurar um filé na reserva por muito tempo.





domingo, 18 de novembro de 2012

O que guardo na minha caixinha

Dentro da minha caixinha eu guardo sorrisos e lágrimas de alegrias.
Guardo o papel do meu chocolate preferido, aquele que você me deu depois de um dia de trabalho.

Guardo as fotos que tiramos no primeiro encontro. 
Tem uma flor seca e um guardanapo dobrado, com uma frase linda, que recebi de um "admirador secreto".
Tem pedacinhos do que fomos, do que somos e do que podemos ser.

Dentro da minha caixinha guardo as recordações do passado e as esperanças para o futuro.



terça-feira, 30 de outubro de 2012

O que pode ser...


Expectativas sempre são perigosas... e quando fazem bem?
Ainda bem que estivemos em sintonia.
Ainda bem que quando nos olhamos nos gostamos.
É.... eu acho que foi assim, acho que é assim.

Expectativas sempre são perigosas... e quando fazem mal?
Falta de confiança. O que está acontecendo... não se sabe.
Está tudo errado ou é tudo coisa da minha cabeça?

Complico ou descomplico?
O que devo esperar?

Eu sei exatamente quando alguém me faz bem e hoje prefiro este sentimento do que a dúvida que costumava ser.
Algo...ou  irei acordar um dia e não ver mais sentido em esperar sozinha e irei optar em enxergar o outro lado da rua. Foi assim com você... eu optei em enxergar você, eu quis enxergar você e acho que foi uma boa ideia.

O que me impulsiona é ver uma contrapartida é sentir uma correspondência.
Minhas expectativas só vão onde as levam.
Posso até criar um monte de bobagens na minha cabeça, coisas de mulher, mas eu só me envolvo e só me sustento no que posso ter de volta... como uma gangorra só funciona se partir dos dois lados.

Naturalmente.




terça-feira, 16 de outubro de 2012

Segundas chances podem dar certo

Acho que podemos começar do zero: daquele momento em que nossos olhares se cruzaram naquele evento. Naquele dia em que o frio era tanto que eu me cobria com a tolha da mesa. No dia em que você me viu no meio de uma multidão e que eu fui hipnotizada na fila do almoço.

Um dia em que muita coisa mudou na minha vida: andava errante, tentando me encontrar, procurando não me achar. Mas fui achada. No meio de centenas de mesa, ambos de rosa, meu vestido mais claro e sua blusa mais escuro.

Algumas horas de conversas e toques leves e sutis: lembro como se fosse hoje a primeira vez que sua mão encostou no meu braço. Daqueles olhares trocados... Sem saber quem você era ou pra onde ia.

Lembro das nossas primeiras conversas e do nosso primeiro beijo: num filme, depois de ter expulso algumas pessoas que estavam próximas e que não conseguiram suportar o nosso falatório de primeiro encontro. Conversamos sobre o mundo num espaço de 2 horas.

Lembro das nossas primeiras brigas e de quando tudo começou a afundar. De todas as coisas não ditas e tudo que deveria ter sido e que não foi. Lembro das noites em que dormimos brigados, das noites em que o silêncio pairava pelo ar: não porque nos faltassem assuntos, mas porque ficávamos com nossas mágoas, com medo de afundar ainda mais.

Sinto como se fosse agora a dor do fim: cada lágrima escorrida, cada noite mal dormida e cada comprimido tomado para não precisa pensar. Lembro de todas as tentativas frustradas de conversas ou entendimento. Dói lembrar de tudo. Dói lembrar daquilo tudo que me falaram sobre você. Sobre alguém que eu nem imaginava existir.

Quebrou meu coração, descosturou minha alma e perfurou meus sentimentos. Pesado, dolorido e bastante sofrido.



Mas não há dor que não passe com o tempo: ele é o melhor remédio para tudo.
É o melhor conselheiro e a melhor peneira para separar o que é verdadeiro ou não.

E nesta peneira, alguns sentimentos ficaram retidos, outros passaram. Alguns,como pedrinhas de areia, precisaram ser apertados pra se desfazerem. E estão se desfazendo. A cada nova brincadeira. A cada caixinha e a cada sorriso escondido atrás de uma careta enciumada.

Sem receio, sem mesquinharia, sem orgulho. Sem se importar muito com o que vão dizer ou o que vão pensar.

Segundas chances na vida são raras. Devemos usá-las com sabedoria e evitar todos os caminhos errados, todas as mágoas e sentimentos que já foram conhecidos. Se uma nova chance nos foi dada, é porque aquilo que ficou retido na peneira do tempo é suficientemente verdadeiro para que um novo caminho seja escrito.

Se não der certo, paciência. Mas ninguém poderá dizer que não tentamos.