Na pontinha dos pés... Sem fazer muito barulho, sem fazer muito alarde... Sem o barulho corriqueiro de uma paixão avassaladora.
Na pontinha dos pés... como quando a gente anda com medo de pisar no chão gelado.
Ou quando a gente já se machucou bastante, quando já desequilibramos muito, tropeçamos em sonhos e caímos nas ilusões. Aí a gente aprende a andar assim.
Como uma bailarina, vamos dançando ao ritmo da música. Mas sempre nas pontinhas do pés: cada movimento, cada pirueta é um movimento arquitetado. Ensaiado exaustivamente. Sempre na pontinha dos pés.
Um tombo vai além de uma queda: quebra a alma, parte o coração e traz uma cicatriz a mais para a coleção.
Na pontinha dos pés a gente vai andando, devagarzinho. Despretensiosamente. Ao som da valsa do tempo.
Na pontinha dos pés....
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