domingo, 24 de junho de 2012

Quando o destino encontra olhares

E então, você entrou.
Eu já estava ali há uns 20 minutos, impaciente com o celular na mão, buscando qualquer coisa em uma rede social que pudesse me distrair enquanto esperava.
E então, você entrou.
Sorridente e tímido. Cumprimentando apenas as pessoas que estavam mais próximas.
E então, nossos olhares se cruzaram.
Acho que todos os anjos daquela igreja sorriram e tocaram suas harpas... Eu me lembro de ter ouvido algo... Mas não posso te dar certeza: eu estava muito concentrada em você.
Você era a estrela da noite: com seu violino em punhos, o concerto começou.


Você acredita em destino? Eu também não. Mas eu não tenho outra resposta para esse encontro misterioso.
Eu nunca vou a concertos. Por uma razão simples: estou sempre trabalhando.
Mas naquele dia... resolvi ir. Resolvi fechar o computador mais cedo e ir até lá. Haviam me falado muito bem das suas apresentações.

E quem diria que naquela mesma sala, depois de duas horas de boa música, com uma taça de vinho nas mãos, mais uma vez nossos olhares se cruzaram, nossos risos se cumprimentaram e nossas almas se reconheceram.

Não me lembro ao certo a desculpa que usamos para nos aproximar... nem importou muito. Parecia que já nos conhecíamos...

Um encontro casual, numa noite casual... Boas risadas regadas a um bom vinho.
Meu francês predileto, desejo muita sorte em seu caminho musical.
Desejo muitas risadas, muitas caipirinhas, muitas noites como a nossa.
Desejo sobretudo, que nunca perca este brilho nos olhos ao colocar seu violino nos ombros: eles deslumbram qualquer morena desprevenida...

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